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O homem e o cobardolazito (ou social-democrata de aviário)

A invasão da escadaria de São Bento pelos manifestantes-polícias não teria sido possível, caso o cordão fosse composto por elementos da Unidade Especial, como aconteceu nas restantes manifestações. No entender da Unidade Especial, essa não foi considerada a estratégia correcta: “O uso da força poderia ter um desfecho dramático. Em vez de estarmos agora a discutir a saída do director nacional, estaríamos possivelmente a avaliar as consequências de mortes e feridos. Até a entrada na Assembleia seria preferível ao confronto”. Miguel Macedo, ministro da administração interna:
Quero os nomes dos agentes insubordinados em cima da minha mesa daqui a uma hora.
Paulo Valente Gomes, superintendente da PSP:
– Não carece de tanto tempo uma tarefa tão simples.
Colocou um pequeno papel sobre mesa.
Miguel Macedo levantou o papel e leu um único nome: Paulo Valente Gomes. Ficou lívido que nem um perú cozido, engoliu três vezes e quase se engasgava com a própria saliva, as pernas bambolearam e o corpo caiu sobre a cadeira. Suores frios escorreram-lhe pela fronte. As mãos tremeram. A respiração ficou entre-cortada e o coração por uma desbragada dança taquicárdica. Apesar disso, ainda conseguiu chegar ao botão vermelho da campainha. Chamou o assessor de imprensa, que é uma espécie de prótese do cérebro, já que a criação de aviário não costuma ser muito dotada deste órgão.
Duas horas mais tarde: O ministro informa os portugueses (esqueceu-se das portuguesas, desta vez) que o superintendente da PSP apresentou a sua demissão. O pedido foi deferido. E blah.blah,blah…
Consta que este franganote não foi o único alvoroçado na capoeira.

Novembro 24, 2013 Texto retirado do comentário de António Ferrão no post do blog http://educar.wordpress.com

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