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TDT em Portugal está "aquém das possibilidades"

TDT em Portugal está "aquém das possibilidades"

A entidade reguladora da concorrência apoia a criação de mais canais, inclusive de base regional, a introdução de conteúdos interativos e de plataformas de subscrição. No fim ganham os portugueses.

A Autoridade da Concorrência considera que "a oferta de Televisão Digital Terrestre em Portugal está longe de aproveitar as vantagens associadas a esta tecnologia" e a atual oferta de canais fica "aquém das possibilidades". A entidade reguladora critica a forma como a TDT está a ser gerida e diz que apenas se limita a "replicar a oferta suportada pelo antigo sistema analógico terrestre".

As conclusões constam num relatório da AdC sobre a Televisão Digital Terrestre. Nesse mesmo relatório é dito que as características do TDT não estão de acordo com os planos iniciais do Governo já que deveria ter sido criado um quinto canal, canais com emissão em HD e uma plataforma de televisão por subscrição.

O regulador da concorrência recomenda a criação de "um maior número de canais de sinal aberto, tanto públicos, como privados, e de âmbito nacional e regional", pelo que o retomar o licenciamento de um quinto canal – além do Canal Parlamento – é "indispensável". A AdC gostava de ver também a RTP, como empresa de televisão de serviço público, a disponibilizar canais temáticos como a RTP Informação e RTP Memória em sinal aberto.

A aposta em canais HD e com suporte para elementos interativos, tal como acontece nos serviços de TV subscrita, são outros fatores apontados pela Autoridade da Concorrência como fatores que podem fazer crescer a TDT em Portugal. A criação de uma plataforma de TDT por subscrição ou com conteúdos em regime de "pagar-para-ver", como aluguer de filmes, também consta no relatório da entidade.

No mesmo relatório a AdC concluiu ainda que a implementação da TDT não alterou o restante panorama do sector televisivo, isto é, o crescimento constante das audiências dos canais de televisão paga sobre os canais com transmissão gratuita. O crescimento do TDT poderia pressionar a TV por subscrição, o que resultaria em maior competitividade e possivelmente na redução de preços para os consumidores finais.

A opinião da Autoridade da Concorrência vai de encontro às recomendações da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) que no final de maio emitiu um parecer onde recomenda a criação de "um ou mais canais" na TDT. A entidade considerou que há falta de competitividade no sector televisivo em Portugal.

Recentemente a Anacom confirmou que a televisão digital terrestre vai evoluir para uma rede de multifrequência, que deverá assegurar uma melhor qualidade no sinal televisivo.

Retirado do site TeK.sapo

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