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Projeto português lidera concurso de combate às alterações climáticas.

“Pastagens Semeadas Biodiversas” já está a ser aplicado no Centro e Sul do país. Abrange uma área de 50 mil hectares, mais de mil agricultores e pretende absorver um milhão de toneladas de carbono.

O projecto de “Pastagens Semeadas Biodiversas”, desenvolvido pela Terraprima, lidera a votação do concurso europeu de combate às alterações climáticas.

Trata-se de um plano financiado pelo Fundo Português de Carbono, que é “uma invenção portuguesa, desenvolvida pelo engenheiro David Crespo e consiste numa mistura de variedades e espécies de plantas de pastagens, que são muito adaptadas aos vários contextos locais onde são plantadas e têm uma característica muito importante, são altamente eficientes a sequestrar carbono da atmosfera”, explica Nuno Sarmento, colaborador da Terraprima- Serviços Ambientais, que é uma pequena e média empresa (PME) nacional.

Entre os 169 projectos a concurso, este é o mais ambicioso quanto a efeito de mitigação das alterações climáticas: “O objectivo é sequestrar um milhão de toneladas de carbono”, sublinha.

O projecto já está a ser aplicado no Centro e Sul do país, precisamente na zona de risco, identificada pelo programa de acção nacional de combate à desertificação. Nesta altura, abrange uma área de 50 mil hectares e mais de mil agricultores.

O projecto português está a concurso numa votação que decorre até dia 6 de Setembro, através do site Um mundo que me agrada: Início. Vão ser apurados 10 finalistas e o júri irá depois escolher os três vencedores.

A vitória, além da divulgação a nível europeu, pode trazer apoios para levar o projecto além-fronteiras.

Nuno Sarmento acredita que irá permitir “chamar a atenção para os valores que o projecto está a criar e para os seus resultados, potenciar outros apoios para os agricultores concorrentes, e, eventualmente, a sua expansão para uma área que pode ser bastante maior que Portugal, já que o projecto tem capacidade para ser expandido para toda a zona do Mediterrâneo”.

E acrescenta que está confiante na vitória: “Temos bastantes hipóteses de vencer, dada à dimensão do projecto e do conceito inovador que é da engenharia da biodiversidade.”

O vencedor do concurso europeu “Um mundo que me agrada – Com um clima de que gosto” vai ser conhecido em Novembro, na capital da Dinamarca, Copenhaga.

Fonte: Renascença

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