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Nuvens que perduram…

Um novo estudo revela como a poluição provoca tempestades que deixam para trás nuvens maiores, mais profundas e mais duradouros. Publicados hoje na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os resultados resolvem um debate de longa data e revelam o papel que a poluição desempenha no aquecimento global. O estudo também fornece um indicador para a precisão de modelos de tempo e clima.

Os investigadores partiram do princípio que a poluição provoca nuvens de tempestade maiores e mais duradouras, tornando os cumulonimbus mais sujeitos a correntes de ar por um processo conhecido como convexão. Mas a equipa da cientista atmosférica Jiwen Fan mostrou que, em vez disso, a poluição faz com que as nuvens sejam mais duradouras pela diminuição do tamanho e pelo aumento do tempo de vida útil da nuvem e das partículas de gelo que a constituem. Esta diferença irá alterar a forma como os especialistas representam as nuvens em modelos climáticos.

«Este estudo reconcilia o que vemos na vida real com o que modelos de computador nos mostram», diz Jiwen Fan. «As observações mostram consistentemente nuvens mais altas e maiores, em forma de bigorna, em sistemas de tempestades com poluição, mas os modelos nem sempre mostram convexão forte. Agora sabemos porquê.»

Além disso, a poluição pode diminuir a amplitude térmica diária através dessas nuvens: nuvens altas formadas após um temporal espalham-se por todo o céu e têm forma de bigorna. Estas nuvens esfriam a Terra durante o dia com as suas sombras, mas aprisionam o calor como um cobertor durante a noite. A poluição pode causar nuvens de trovoada ao final da tarde para durarem muito tempo durante a noite, em vez de se dissiparem, provocando noites mais quentes.

Fonte: Quero Saber

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