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Consulta de Saúde do Viajante

Viagens para fora da Europa, onde pode haver riscos de saúde a ponderar, riscos que podem ser minimizados se o viajante agir de forma informada e souber tomar as devidas precauções, antes, durante e após a viagem. Para tal existem consultas de aconselhamento ao viajante, que devem ser encaradas como um assunto fundamental na preparação da viagem.


O que é a consulta de saúde do viajante, o que esperar dela?

Sempre que viajar para fora da Europa, sempre que viajar para países tropicais ou para destinos exóticos, o viajante deve dirigir-se a uma consulta efectuada por médicos devidamente capacitados que o podem informar sobre os riscos para a saúde e o modo de os evitar. Nessa consulta dar-se-á especial atenção aos seguintes aspectos:

» Avaliação individual dos riscos associados à viagem, com o respectivo aconselhamento sobre quais as atitudes e os comportamentos preventivos adequados;

» Informação sobre os principais agentes causadores de doença no destino da viagem e formas de evitar o contágio e/ou tratar a doença;

» Revisão do estado de imunidade do viajante e indicação das vacinas obrigatórias/recomendadas para o destino final;

» Informação sobre a profilaxia para a malária/paludismo e outras doenças endémicas, sempre que aplicável;

» Indicação das precauções para grupos de viajantes com particularidades especiais como as grávidas, as crianças, os idosos, os imunodeprimidos e indivíduos com insuficiência renal, hepática, cardíaca ou outras doenças crónicas;

» Recomendação e prescrição da farmácia pessoal a levar para a viagem;

» Avaliação dos problemas de saúde no período pós-viagem.

Esta consulta especializada também pode envolver a assistência médica após o regresso, diagnóstico de problemas de saúde eventualmente contraídos durante a viagem, bem como o controlo periódico de indivíduos que passam temporadas prolongadas em países ou regiões onde o risco de contrair doenças é elevado. Nestas consultas podem ser administradas algumas vacinas, incluindo a da febre-amarela, e são emitidos certificados internacionais de vacinação.

Quando se deve ir à consulta de aconselhamento ao viajante

O ideal é que a consulta tenha lugar 4 a 8 semanas antes de se iniciar a viagem. A importância da consulta de aconselhamento justifica sempre a sua programação. No entanto, mesmo para aqueles que dela se “esqueceram” e têm que partir “no dia seguinte”, pode ser útil a realização da consulta. Isto para sublinhar que para efectuar a consulta é necessário proceder antecipadamente à sua marcação. Para a consulta, o viajante deve trazer, se possível, o seu boletim de vacinas e a listagem da sua medicação regular, assim como qualquer documentação médica que considere relevante.

E onde se realizam as consultas de saúde do viajante

São realizadas em vários hospitais e serviços de saúde pública, espalhados pelo país. Pode consultar a lista dos locais, disponível em:

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+em+viagem/consulta+de+saude+do+viajante.htm

Em que consiste o aconselhamento farmacêutico

Para o ajudar a organizar a sua farmácia básica e o modo como transporta os medicamentos. Certamente que ele lhe dirá que deve levar consigo os medicamentos que toma habitualmente, na quantidade adequada ao tempo de viagem, mais uma embalagem de reserva, para fazer face a qualquer imprevisto, que possa prolongar a estadia, pois ir de férias não significa dar férias aos medicamentos.

É ainda recomendado que se faça acompanhar de uma receita de todos os medicamentos identificados por nome genérico, só assim se pode assegurar de que está a adquirir os medicamentos correctos, caso seja necessário fazê-lo durante a viagem. Com o aconselhamento farmacêutico ficará também a saber como é importante o transporte correcto dos medicamentos, de modo a garantir a sua conservação nas melhores condições, pois as substâncias activas podem ser alteradas pela ação do calor/frio.

Se viajar de avião, transporte os medicamentos na bagagem de mão, pois além de evitar que se percam em caso de extravio da bagagem, impede a sua exposição às temperaturas negativas extremas que por vezes se atingem no porão. A farmácia básica deve incluir medicamentos para: dores e febre;constipação e tosse; diarreias; enjoo; prevenir e tratar picadas de insectos. E mais ainda, é útil levar uma solução desinfectante, pensos rápidos, compressas esterilizadas, e até um termómetro.

Passar em revista diversos riscos a acautelar: em regiões quentes, beber sempre muitos líquidos (beber apenas água engarrafada, não consumir bebidas com gelo), beber apenas leite pasteurizado; comer ou beber alimentos ricos em sais minerais (frutas e vegetais), mas comer a fruta e lavada e descascada por si, nunca comer saladas cruas nem alimentos adquiridos em vendedores ambulantes, e não esquecer de ingerir apenas alimentos bem cozinhados; evitar a exposição solar nas horas mais quentes, aplicar protector solar com índice elevado, usar chapéu e óculos de sol.

Quanto às picadas dos insectos (que às vezes estragam as férias) há que saber como as evitar e de que forma agir quando se é picado. Por isso, a escolha do melhor tratamento deve ser feita com auxílio do seu farmacêutico. Por exemplo, no caso da picada de uma abelha, que deixou na pele o ferrão, a primeira medida consiste na sua remoção com auxílio de uma pinça ou raspando suavemente a superfície cutânea até o fazer sair, tendo o cuidado de não apertar o saco de veneno de forma a não agravar a situação.

Há também à sua disposição na farmácia folhetos informativos iSaúde que abordam temas do maior interesse para estas situações, como é o caso de “Destinos internacionais, viajar com saúde” e “Armário de farmácia, prepare o Verão”. São gratuitos e permitem reforçar o aconselhamento do farmacêutico.

Finalmente, com a ajuda do seu farmacêutico poderá conhecer as unidades de saúde com consultas do viajante que estejam mais próximas do seu local de domicílio.

portaldasaude

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