O tribunal condenou o Estado a devolver-lhe o dinheiro, mas, dois anos após a sentença, continua sem os 666 euros investidos. "Se fosse ao contrário, resolviam o assunto com uma penhora, mas nós não podemos penhorar o Estado. Sinto-me revoltado porque gastei o dinheiro, não recebi o veículo e ainda tive que arranjar outro", lamenta o comprador.
Em dezembro de 2008, Vítor Araújo fez uma oferta em leilão num processo de execução fiscal do Serviço de Finanças de Matosinhos. O veículo foi-lhe adjudicado e pagou 666 euros. Contudo, nunca recebeu o Opel Corsa em causa porque "não foi possível a sua localização".
O caso avançou para a Justiça e, em novembro de 2012, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga condenou o Estado à devolução dos 666 euros "acrescidos de juros de mora desde 2008 até efetivo e integral pagamento". Vítor Araújo ainda não foi ressarcido.
Contactada pelo JN, fonte da Autoridade Tributária explicou que a instituição só teve conhecimento da sentença no passado mês de dezembro. Desde então, estão a ser promovidas as diligências necessárias para proceder ao pagamento ainda este ano.

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