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Austeridade Previsões estão marcadas por incerteza interna elevada

O Banco de Portugal (BdP) considera que as projeções para a economia portuguesa são marcadas por uma "incerteza particularmente elevada", devido "aos recentes desenvolvimentos internos" e também às exigências decorrentes do Programa de Assistência Económica e Financeira.

No Boletim Económico de Verão, hoje divulgado, o banco central estima uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% este ano, o que compara com uma previsão anterior de -2,3%, e um crescimento de 0,3% em 2014, contra uma estimativa anterior de 1,1% no próximo ano.

Os técnicos do Banco de Portugal referem que as previsões para a economia portuguesa continuam a ser marcadas pelo "processo de correção dos desequilíbrios macroeconómicos" e destacam que estas projeções refletem "a redução do grau de endividamento do setor privado e a continuação do processo de desalavancagem gradual e ordenado do setor bancário".

"A evolução esperada da procura agregada implica o reforço ao longo do horizonte de projeção da capacidade de financiamento da economia portuguesa face ao resto do mundo, após um período prolongado de défices externos elevados", lê-se ainda no boletim.

A instituição liderada por Carlos Costa refere que, "num contexto de elevada incerteza, os riscos em torno da projeção para a atividade económica são equilibrados para 2013 e descendentes para 2014".

Para o Banco de Portugal, "estes riscos decorrem tanto da possibilidade das medidas orçamentais anunciadas induzirem uma maior contração do consumo privado do que a projetada, como da eventualidade de uma evolução menos favorável das exportações".

A instituição espera que o consumo privado contraia 3,4% este ano e abrande o ritmo de queda no próximo ano (-1,4%) e antecipa que as exportações cresçam 4,7% em 2013, e que, em 2014, acelerem o crescimento (+5,5%).

Quanto ao enquadramento externo da economia portuguesa, o BdP refere que Portugal vai ser influenciado pela "continuação de uma recessão moderada na área do euro em 2013, esperando-se uma recuperação gradual a partir da segunda metade do ano" e sublinha que "maiores progressos ao nível da regularização das condições monetárias e financeiras na área do euro, bem como na arquitetura institucional europeia, tenderão a robustecer o enquadramento externo da economia portuguesa no horizonte de projeção".

Fonte: NM

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