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25 mil ‘Magalhães’ vendidos ao México

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Portas, destacou hoje uma nova encomenda de 25 mil computadores portugueses ‘Magalhães’ para o México, "tecnologia altamente sofisticada que vai fazer o censo educativo do México, num valor de seis milhões de dólares"."E com um valor relativamente semelhante, num dos estados, Oaxaca, vai progredir o número de computadores de tecnologia educativa que são fornecidos às escolas", adiantou Paulo Portas, no final da sua visita oficial de três dias ao México, marcada por uma forte componente económica, considerando que "teve bons resultados, foi extenuante do ponto de vista físico mas muito produtiva do ponto de vista político".

Paulo Portas anunciou aos jornalistas, que, no âmbito das parcerias de negócio estabelecidas nesta visita, "já está decidida uma nova concessão em favor de uma empresa portuguesa, a Mota-Engil, desta vez ferroviária, no valor de cerca de 30 milhões de dólares", ficando a empresa a operar em cinco estados mexicanos.
"Estes negócios, em muito poucas horas, dos 40 milhões de dólares, são apenas um aperitivo. As portas que ficam abertas, os contactos que as empresas já fizeram e ainda estão a fazer, os memorandos de entendimento que conseguimos negociar, o facto de vir aqui o primeiro-ministro de Portugal e depois o Presidente do México ao nosso país, acho que vamos conseguir dar um salto muito forte nas relações económicas entre Portugal e México", sublinhou Paulo Portas.
O chefe da diplomacia portuguesa manifestou a esperança de aumentar as exportações portuguesas para o México, bem como de estabelecer "parcerias que permitam ganhar concessões e apoiar a retaguarda".
"Vão a Portugal missões técnicas e empresariais em setores muitos concretos e isso pode ser muito bom para o investimento mexicano em Portugal, o México está a investir bastante na Europa e é bom que escolha também Portugal", disse.
Questionado pelos jornalistas sobre a suspensão do programa tecnológico para a educação ‘E-escolas’ pelo actual Governo, Portas respondeu: "Nunca identifiquei governos com empresas e empresas com governos (…) Não distingo empresas portuguesas pela sua cor política, pela sua suposta cor política".
"Desde o primeiro dia que, para mim, empresas que saibam exportar, vender, qualificar, têm todo o meu apoio seja qual for a sua cor, porque são empresas portuguesas, são bandeiras de Portugal e a verdade é que vejo tecnologias de educação portuguesas no Brasil, Venezuela, México, Argentina, El Salvador, Panamá e Costa Rica. Somem estes mercados, são centenas de milhões de pessoas", referiu.
O governante português adiantou que "o gesto" feito pelo consórcio de 26 empresas nas áreas de tecnologias de educação E-xample "é de amizade, mas vai, porventura, permitir que, em muitos estados, tecnologias portuguesas, não apenas os computadores, mas os conteúdos, painéis interactivos, progridam".
"Isto também é negócio, significa que as empresas portuguesas ganham apoio e músculo do ponto de vista dos seus negócios e isso apoia a retaguarda em Portugal (…) Sou de um pragmatismo absolutamente vocacionado para resultados", concluiu.
Lusa/SOL

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