Segundo o jornal diário espanhol El Mundo, várias estações atmosféricas situadas no Ártico já mediram valores superiores a 400 ppm na semana passada, prevendo-se que o mesmo aconteça em Mauna Loa (Havai – EUA) em meados de Maio.

A estação havaiana é a que apresenta registos contínuos mais antigos, que tiveram início em Março de 1958. Nessa altura, os níveis atmosféricos de CO2 eram de 316 ppm, tendo desde então vindo a aumentar todos os anos até aos 399,72 ppm medidos na passada semana.

Por outro lado, estudos indicam que a concentração na atmosfera do principal gás com efeito de estufa era de 280 ppm antes da Revolução Industrial, sendo que a última vez que atingiu os 400 ppm remontará ao período Pliocénico (há 3,2 a 5 milhões de anos).

A concentração atmosférica de 400 ppm de CO2 é apontada como nível máximo para se limitar a subida da temperatura no nosso planeta a 2-2,4 graus Célsius.

O alarme foi soado por Christiana Figueres na abertura de uma ronda de negociações climáticas que está a acontecer em Bona, e pretende evidenciar aos líderes políticos a urgência de atuar para fazer face ao problema das Alterações Climáticas.

No último encontro organizado pela ONU traçou-se um plano que envolve a finalização de um acordo climático global pós-Quioto até 2015, que deveria entrar em vigor em 2020. O El Mundo refere que a concretização do acordo parece cada vez menos provável, mas que Christiana Figueres está confiante que tal mude na próxima de ronda negociações, que terá lugar em Varsóvia, no fim do ano.

Fonte: Naturlink