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Pavimento que produz eletricidade testado em ambiente real na Covilhã.

Na próxima semana a Waydip, empresa responsável pelo pavimento gerador de energia, começa um teste de fogo. Os cofundadores garantem que há muitos interessados no projeto, incluindo no estrangeiro.

A cidade da Covilhã foi o local escolhido para o teste piloto do Waynergy, o pavimento que produz eletricidade através do movimento dos veículos e das pessoas. No dia 12 de julho o projeto vai ser testado em ambiente real para medir as verdadeiras capacidades do conceito em durabilidade e produção energética.

O teste em condições do dia a dia – condições atmosféricas e comportamento de veículos, por exemplo – e sem o mínimo de controlo é para Filipe Casimiro, um dos cofundadores da Waydip, empresa responsável pelo Waynergy, o grande desafio de todo o projeto até ao momento. O pavimento cinético está em desenvolvimento desde 2010, mas agora é o momento da verdade.

O principal objetivo da empresa é conseguir validar o produto através do teste piloto na cidade do interior. O Waynergy vai ser instalado em dois módulos: um dedicado para veículos, outro dedicado para pessoas. A instalação do pavimento vai ser feita perto do Hospital Pêro da Covilhã, uma das zonas mais movimentadas da cidade sobretudo a nível automóvel, pela proximidade com a entrada e saída da autoestrada.

Com a energia das deslocações, o pavimento tem a capacidade de gerar eletricidade que vai alimentar os painéis publicitários e os semáforos da zona circundante à instalação.

Para já a única limitação do Waynergy é a localização: preferencialmente em zonas de abrandamento para os veículos ou de passagem de um grande número de pessoas. Portagens, rotundas, passadeiras, semáforos são alguns dos exemplos de localização ideal para os módulos dedicados para carros. No que diz respeito ao módulo para pessoas, já existe um que está a ser testado num dos átrios de acesso entre Centro Comercial Colombo, em Lisboa, e a linha de metropolitano.

O modelo instalado na superfície comercial tem cerca de um mês e ainda não foram feitas medições energéticas que permitam tirar as primeiras conclusões, como explicou Sérgio Baptista, um dos cinco elementos que compõe a Waydip.

Filipe Casimiro confessa que atualmente a implementação do pavimento ainda tem custos elevados, mas a ideia passa por continuar a desenvolver o conceito a nível de mecânica e eletrónica para que seja uma tecnologia tão viável como outras fontes de energia verde, tal como os painéis solares e eólicas.

Ainda sem pensar muito no plano de negócios, os esforços estão concentrados na validação do produto com a experiência em ambiente real na Covilhã. Depois, caso o teste seja ultrapassado, já existem clientes a nível nacional e internacional que têm interesse em investir no Waynergy.

Ainda relativamente à estratégia da empresa para o futuro, Filipe Casimiro revelou que numa primeira fase o pavimento vai dar resposta a aplicações locais, como a alimentação de publicidades, fontes de iluminação e semáforos. Numa fase posterior, e já exigindo outro tipo de parceiros, o objetivo é vender energia para a rede nacional elétrica.

Fonte: TeK

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