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Académica 1 – FC Porto 0

Obrigado a vencer para ter a certeza de que iria terminar a 11º jornada na liderança da Liga Zon Sagres, o FC Porto não foi capaz de vencer em Coimbra e, uma vez mais, aliado a um mau resultado esteve uma exibição paupérrima. Pior, desta vez nem um ponto os azuis e brancos conquistaram, colocando um fim a 53 jogos consecutivos sem perder no principal escalão do futebol português.

Em Coimbra, onde Paulo Fonseca foi feliz ao serviço do Paços de Ferreira, pois foi na cidade dos estudantes que garantiu a ida ao play-off da Liga dos Campeões, o treinador do FC Porto viu a sua equipa a somar a primeira derrota na Liga, algo a que os adeptos dos tricampeões nacionais já não estavam habituados, pois era preciso recuar a 29 de janeiro de 2012 para lembrar o último desaire.

Com isso, a liderança está em risco e o FC Porto pode terminar a 11ª jornada no terceiro lugar do campeonato, sendo que para tal acontecer basta o Benfica vencer o Rio Ave em Vila do Conde e o Sporting fazer o mesmo na receção ao Paços de Ferreira. Além disso, a onda de contestação é agora maior e os adeptos dos dragões fizeram questão de através de cânticos demonstrar o desagrado para com os jogadores e o treinador.

Vantagem justa da Académica ao intervalo

Nos últimos cinco jogos o FC Porto apenas venceu um (o Vitória de Guimarães para a Taça de Portugal) e em Coimbra, depois de um empate caseiro na com o Austria Wien para a Liga dos Campeões (nunca os azuis e brancos tinham ficado uma fase de grupos da Champions sem vencer em casa), o jogo esteve longe de correr de feição aos tricampeões nacionais na primeira parte.

Perante uma Académica coesa a defender e rigorosa nas saídas para o ataque, o FC Porto, apesar de contar com Quintero no 11 inicial, não conseguiu superiorizar-se durante os primeiros 45 minutos, sendo que a única verdadeira oportunidade de golo que dispôs foi travada por Ricardo, que defendeu um remate de Jackson Martínez.

O lance do colombiano ocorreu aos 19 minutos e até ao final da primeira parte não houve mais dragão no ataque. Pelo contrário, a Académica espevitou e aproveitando os já habituais brindes da defesa acabou por construir as oportunidades que a levaram à vantagem no marcador antes do intervalo.

Abdi, que viu Helton a negar-lhe o golo, foi o primeiro a colocar a defesa do FC Porto em respeito. Pouco depois, Marcelo Goiano passou a bola por cima do guarda-redes dos azuis e brancos e viu Mangala tirar, de cabeça, a bola perto da linha de golo.

Mas à terceira foi de vez e Fernando Alexandre, o melhor jogador em campo na primeira parte, inaugurou o marcador aparecendo ao segundo poste na marcação de um canto para aproveitar um lance mal ajuizado por Fernando para colocar a bola no fundo da baliza de Helton.

Até ao jogo com o FC Porto, os comandados de Sérgio Conceição apenas tinham marcado um golo nos jogos em casa para o Liga e o segundo tento da época dentro de portas dava uma vantagem que ao intervalo era justa, tendo em conta o futebol praticado e as oportunidades construídas ao longo da primeira parte.

Nem de grande penalidade o empate surgiu

Como se esperava, na segunda parte o FC Porto teve mais bola e a Académica passou a defender num bloco mais baixo, sabendo que com o passar do tempo a ansiedade dos dragões iria aumentar e talvez com isso cometerem mais erros, ao mesmo tempo que os comandados de Sérgio Conceição sabiam que fisicamente era preciso saber gerir o esforço.

Com isso, a etapa complementar jogou-se maioritariamente dentro do meio-campo defensivo da Académica mas nem assim o resultado mudou para mal dos pecados de FC Porto e também de Paulo Fonseca, que viu Jackson Martínez a enviar uma bola à barra logo no começo da segunda parte e Mangala a falhar inacreditavelmente um golo quase feito, num lance em que Ricardo estava batido.

Mas neste jogo, ao FC Porto nunca foi visto arte nem engenho para tentar chegar pelo menos ao empate, apesar das duas oportunidades criadas. Sem criatividade, Paulo Fonseca surpreendeu ao tirar Quintero (o jogador com mais características para dar imprevisibilidade ao jogo dos dragões) e colocar Licá, avançado que jogou como segundo ponta de lança mas que mal se viu em campo.

O tempo foi passando e a Académica ia levando a água ao seu moinho, até que aos 84 minutos João Capela decidiu assinalar uma grande penalidade por suposta falta de Halliche sobre Jackson Martínez. Mas sem Josué, o habitual marcador de penáltis que tinha sido substituído anteriormente por Carlos Eduardo (que tem jogado mas essencialmente na equipa B), Danilo foi chamado à conversão e viu Ricardo a negar-lhe o empate.

Estava visto que dificilmente o FC Porto ia conseguir, ao menos, levar um ponto de Coimbra. O cenário confirmou-se com o apito final do árbitro e o campeonato pode ter um novo líder após a 11ª jornada, pois se Benfica e Sporting vencerem os dragões passarão para a terceira posição.

zerozero

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